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terça-feira, 22 de março de 2011

O apólogo do Papagaio












Certa, vez ao passear em um grande bosque, era notório a interação perfeita entre o homem e a natureza,neste lindo lugar, um casal de jovens começavam a conversar e sem que a bela donzela soubesse que o rapaz era tímido e tinha dificuldade de se expressar, a garota vira para ele e lhe profere uma frase:
-Yacolin: Arnalde, você havia me chamado aqui, para falar algo para mim então..,estou aqui para te escutar. Afinal o que você quer?
E Arnalde todo tremulo e titubeante olha para os olhos dela, com o corpo banhando de suor e voz de tom trêmula fala:
-Arnalde : Be… be… be…, bem..., eu te trouxe aqui para contemplar a natureza e te fazer uma revelação, posso?
-Yacolin diz: É claro que pode você é uma pessoa fascinante, com uma mente incrível, estou esperando para te escutar, prossiga!
-Arnalde fala: Bom, apesar das minhas limitações quero compartilhar uma experiência que tive a um mês atrás que aconteceu comigo aqui neste Bosque. Estava eu muito triste e só, já estava de tardezinha quando eu andava nas ruas da cidade até chegar no Bosque, bem na entrada do Bosque, parece que a tristeza somado com  o cansaço do dia a dia me tocou com mais intensidade e tive que parar, parei e sentei em uma pedra na entrada do Bosque estava muito cabisbaixo, quando de repente uma voz ecoa e eu levanto minha cabeça assustado e falo: Quem está ai?E a voz lhe responde:
- Paco: Olhe para baixo!Jovem, quando achares um problema maior que você, olhe para o alto, mas quando achar um problema inferior do que você olhe para baixo e estenda a mão. Bom, eu me chamo Paco, e você, como se chama? E o Arnalde fala:
-Arnalde: Ufa!Que susto!Me chamo Arnalde, olha eu já passei várias vezes aqui e não tinha te visto ainda..., de onde você é?E você é muito esperto para uma ave.
-Paco: Obrigado pelo elogio!É verdade, não sou daqui mesmo, eu estive voando muito tempo, até que vi do alto esse bosque e resolvi a descer, só que ao descer por minhas assas estarem já cansadas, fiz um pouso forçado, eu iria de encontro com uns espinheiros logo ali (Mostrou o paco o local dos espinhos para o garoto) mas eu consegui por sorte, me desviar, porém uma das minhas assas bateu em um espinho e por isso não consigo mais voar, fiquei muito triste e continuo sentir muita dor.
-Arnalde diz: Nossa que história triste, uma ave não poder voar é como ter um coração e não poder amar!Mas eu posso te ajudar!Arnalde pegou a pequena ave e tirou com muito cuidado os espinhos que feriam o pássaro e fez o papagaio bater as assas para ele ver, mexeu nelas e Arnalde conclui dizendo:- Nossa você teve muita sorte Paco, apesar dos ferimentos não foi tão grave assim, tome muito cuidado por onde você voa, conheça bem o terreno onde você provavelmente irá pisar. O papagaio fala com Arnalde:
-Paco: Muito obrigado garoto... você cuidou da minha ferida, me ensinou a voar e devolveu a mim a alegria da liberdade, como posso te ajudar?Percebo que você está muito triste. Você é uma pessoa especial, que preocupa com os outros até os seres mais pequenos como eu, deixa eu te ajudar. Se abra comigo.
-Arnalde fala: Bom Paco, eu tenho uma dificuldade muito grande, de expressar por meio da fala, sabe gosto muito de uma pessoa, mas não consigo falar com ela, não sei como fazer para ela me notar, pois não consigo me expressar para ela, o que devo fazer?Sou pequeno, talvez sem beleza para os olhos dela para que me deseje.
-E Paco diz: Você, não deve preocupar com as aparências, as aparências passam! O que é bonitinho hoje, com o passar dos tempos vai ficar velho, enferrujado e feio!Do pó veio, do pó se vai, afinal tudo irá voltar ao pó, irá apodrecer e virar matéria orgânica para servir aos que estão vivos. Olhe para esse bosque (e os dois olharam), o que faz ele ficar bonito, não é somente as belezas efêmeras das plantas ou dos animais, que alimentam as ilusões..., mas o que faz ele ficar belo é a vida que ele trás para quem está lá. Sinta o vento, a brisa suave lá dentro...,trás esperança, trás vida!Você meu amigo Arnalde, nesse aspecto que me relatou, não tem que se preocupar com o que “X” ou “Y” exige, ou de qualquer condições para obter a felicidade. Quem ama, não exclui, mas sim inclui o amor não diminui a ninguém, mas o verdadeiro amor completa um ao outro. Ninguém pode exigir nada de ninguém, sem antes não ter o que oferecer aquilo que se cobra do outro.
   Tente! Não tema tentar! Mas tema a dúvida de como seria se estivesse tentado. Se por alguma razão ainda não der certo lembra-se que as chances do acerto aumentam em cada tentativa!O sol brilha para todos e o ar anima as nossas assas para alçar vôo, então voe, até as alturas!Assim como eu, hoje irei ao topo, você pode, você consegue!
-E Arnalde fala: Muito obrigado, ave de sábias palavras!Seguirei os teus conselhos e falarei com ela!Novamente muito obrigado, olhe uma grande sabedoria e acontecimento que desafia até as leis da física e da ciência aconteceu hoje, que foi: eu te ensinei a voar e você me ensinou a falar!
Naquela hora os dois se despediram e Arnalde pode ver o mais belo vôo de Paco no horizonte.
Sem que Arnalde termine de contar todo o fato para Yacolin, Yacolin com os olhos cheios d´água diz:
-Yacolin: Sempre gostei de você Arnalde, mas tive bastante medo do teu silêncio.
Arnalde, ficou atônito, com os olhos cheios d´água e falando que a amava com todo o seu coração.
Arnalde conseguiu romper as barreiras que antes impedia que ele voasse ao encontro do amor da sua vida.
Yacolin e Arnalde se abraçaram e beijaram apaixonadamente, naquela hora.
Assim como a ave Fênix, Paco e Arnalde se ressurgiram das cinzas, para alçar grandes vôos.
 E todos viveram suas vidas com mais sabedoria e felicidade para sempre, pois todos compartilharam um mesmo aprendizado, mas com caminhos, resoluções e situações diferentes.
E hoje o ar estimula as tuas assas para alçar um grande vôo,elas querem voar para além das campinas. Prossiga! O teu coração tem o chamado das alturas, os teus olhos cintilantes almeijam a liberdade do céu azul.Liberte-se do que te prende e voe! 


“Um problema com diversas variáveis existem também várias formas de resolvê-lo.”
 Autor: Renan Goulart

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